Entre as mais variadas espécies de peixes ornamentais, eu tenho uma preferência pela Molinésia, um peixe originário da América do sul, sendo facilmente encontrado em lojas de criadores.
A Molinésia pode ser encontrada em várias cores, entre elas a molinésia prateada, a alaranjada, e a que considero mais bonita, a Molinésia Negra na versão Lira, com a cauda bipartida.
Trata-se de um pequeno peixe, com aproximadamente 6 cm, e muito fácil de criar e reproduzir. Para tal o futuro criador deve observar, entre outros cuidados os seguintes:
- A temperatura da água não deve ser inferior a 24 graus;
- A alimentação deve ser feita duas vezes ao dia, em porções que não sobrem no aquário, para não apodrecer no fundo do mesmo.
- Por ser um peixe da família dos vivíparos (não colocam ovos), a criação aumenta de forma considerável, haja vista que uma fêmea de molinésia de tamanho grande pode ter aproximadamente 20 alevinos, podendo chegar até a uns 80/90 alevinos.
- A fase de alevinos da molinésia é muito delicada e dura em torno de 3 a 5 semanas. Esses peixes vivem entre 2 e 3 anos e medem aproximadamente 6 centímetros de comprimento.
- Distinguir macho e fêmea é bem simples: Os machos, vivíparos, possuem uma barbatana anal especial. Ela é alongada e em forma de espada. Já a das fêmeas, é em forma de delta, arredondada, bem fácil de distinguir.
- Por se tratar de um peixe vivíparo, é aconselhável que não se misture no aquário peixes ovíparos, (que colocam ovos), pois esses peixes são “exterminadores” de alevinos, prato preferido deles, portanto, mesmo que seja um peixe muito bonito, NUNCA deixe, por exemplo, uma Acará Bandeira coabitar com as molinésias.
- É aconselhável também, que se separe a fêmea de molinésia antes do nascimento dos alevinos (para isso verifique se a fêmea está bem barrigudinha) A razão para essa separação é simples: O macho não respeita o fato da fêmea estar prestes a “dar à luz” seus filhotes, e insiste na copulação, deixando a fêmea nervosa e sujeita a perder os filhotes.
- É muito bom observar que se o criador não desejar uma superpopulação de molinésias em seu aquário, separe machos de fêmeas, pois caso contrário, em curto espaço de tempo o seu aquário pode se tornar pequeno.
- A água deve ser tratada antes de se colocar os peixinhos, pois o cloro pode matá-los rapidamente. Para isso, vá a uma loja onde se encontre o líquido chamado de “anti-cloro”, e após encher o seu aquário, coloque 5 gotas por cada litro de água, e espere por no mínimo duas horas antes de colocar seu peixes.
- É muito importante que só se coloque um macho no seu aquário, pois se puser dois, certamente vai perder um deles após a “briga por território”.
- O seu aquário pode ser ornamentado com algumas plantas, filtros e uma pequena estrutura para os peixes, quando atacados, poderem se esconder. Mas lembre-se de não encher em demasia o seu aquário.
- No inverno é comum que seus peixes sintam a mudança de temperatura da água. Para evitar isso, coloque um termômetro para manter a temperatura acima dos 24 graus, e um aquecedor (próprios para aquários), e o problema será resolvido.
- Outro problema com a saúde de seus peixes é quando eles passam a se esfregar no fundo do aquário, momento em que aparecem no corpo alguns fungos de cor branca, que podem ser mortais. Nesse momento é aconselhável que se use parasiticida (use na dosagem apontada na embalagem).
- Por fim é interessante observar que ainda existem possibilidades de se “cruzar” uma molinésia negra com uma prata, saindo desse cruzamento a molinésia malhada (preto e branco), um belíssimo espécime. (nunca tentei cruzar as demais cores, mas você pode tentar, e com isso explorar novas cores dos seus peixinhos.
Por enquanto é só. Acompanhem-nos e em outra oportunidade falaremos sobre outros tipos de peixes ornamentais e suas características principais.
Até lá!